terça-feira, 3 de maio de 2011

DF - Terreiros de Umbanda e Candomblé também querem lotes gratuitos


DF - Terreiros de Umbanda e Candomblé também querem lotes gratuitos

Representantes de Entidades Religiosas de Matriz Africana cobram do Governo do Distrital Federal, a concessão de áreas públicas para sediar terreiros de Umbanda e Candomblé da mesma maneira que vem ocorrendo com templos católicos e evangélicos. Eles se consideram prejudicados pelo projeto em andamento na Câmara Legislativa, matéria que não inseriu nenhuma entidade desse segmento religioso. O projeto vai atender cerca de 1,8 mil igrejas e organizações de assistência social. A metade dos lotes vai ser destinada à regularização de templos evangélicos que estavam em funcionamento em áreas públicas no Distrito Federal. “Nós não temos o histórico de invadir áreas públicas, pois como somos discriminados, se agíssemos assim seríamos agredidos pela polícia”, disse Michael Félix, diretor da Federação Brasiliense e Entorno de Umbanda e Candomblé. Com essas palavras, o diretor argumenta que o poder público tem que ter uma atenção especial às Religiões de Matriz Africana que se consideram alvo de preconceito na sociedade. E completou: “na iniciativa parlamentar que antecedeu o projeto, estava inserido um terreiro por conta de emenda parlamentar. Era o Casa de Luz de Yorimá, que tinha sido inserido por meio de uma emenda parlamentar”. Michael Félix menciona um caso que a Federação considera como mostra de agressividade e intolerância aos terreiros: “Em 2 de junho deste ano, homens usando coletes e veículos identificados como sendo da Terracap invadiram e derrubaram a casa que estava sendo utilizada para os cultos”. A empresa nega ter enviado qualquer funcionário para fazer desocupação. “Por esse motivo, pedimos o apoio do Ministério Público para fazer essa verificação”, explica Félix. Líderes dos segmentos Afro Brasileiros se queixam de intolerância vinda de outras religiões e do próprio Estado. Por isso, há uma política pública para a valorização e defesa dessas tradições a cargo da Secretaria de Igualdade Racial da Presidência da República.

Fonte: Câmara Federal
Paulo S.P.Silva

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